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Sunday, November 22, 2009

Haaretz: Mussolini: "I'll build an island for the Jews"

'Mussolini: I'll build an island and put all the Jews there'

Haaretz

Nov 17, 2009

Italian dictator Benito Mussolini was a rabid anti-Semite who called Adolf Hitler "a big romantic" and despised the pope, a new book of his mistress Claretta Petacci's diaries revealed, AFP reported on Monday.

The Corriere della Sera daily reportedly published extracts of the book "Secret Mussolini," taken from diaries written between 1932 and 1938, on Monday two days before it hits Italian book shops.

While on a boating trip on August 4, 1938, Mussolini talked about the German dictator's new anti-Semitic laws with his mistress, saying "I've been racist since 1921," according to AFP.

"I don't know how they can think that I'm imitating Hitler, he wasn't born yet..." he was quoted as saying. "We must give Italians a feeling of race so that they don't create half-castes, so that they don't spoil what is beautiful about us."

Two months later, on October 11, Mussolini is again at sea with Petacci, when he was quoted as saying: "Those bloody Jews, they should be destroyed ... I'll build an island and put them all there... They don't even have any gratitude, recognition, not even a letter of thanks... They say we need them, their money, their help."

Mussolini's regime was generally considered less ideologically extreme than that of Hitler, who created concentration camps during the Holocaust to exterminate what he considered "inferior" people and races, including Jews.

On October 1, 1938, after the Munich Conference that gave Hitler a slice of Czechoslovakia, Mussolini tells his mistress that "the Fuhrer is very nice. Hitler is a big romantic at heart. When he saw me he had tears in his eyes. He really likes me a lot," AFP reported.

Diary entries also reportedly show Mussolini's anger with pope Pius XI who said he was "spiritually close to all Semites" and called for Catholic marriages to Jews to be recognised.

Saturday, November 21, 2009

Il Piccolo (Trieste): Perché Diari segreti?

Perché i diari di Claretta sono rimasti invisibili per oltre sessant'anni?

il Piccolo
pagina 23 sezione Cultura

Trieste, 21 novembre 2009

Per oltre sessant’anni nessuno ha potuto leggerli. Perchè sui diari di Claretta Petacci è stato imposto il segreto di Stato. E adesso? Finalmente il veto è caduto, ma solo per quanto riguarda il periodo che va dal 1932 al 1938. Le altre carte, che raccontano il periodo più difficile (quello delle leggi razziali, dell’entrata in guerra, dell’8 settembre, dell’arresto di Benito Mussolini, della Repubblica di Salò, fino alla morte, rimasta avvolta nel mistero) sono ancora inaccessibili. Su quei diari ha lavorato a lungo Mauro Suttora, giornalista del gruppo Rcs. Che pubblica adesso un’ampia selezione dei documenti nel libro Claretta Petacci ”Mussolini segreto” (Rizzoli, pagg. 533, euro 21).

A invogliare alla lettura, se ce ne fosse bisogno, è la prefazione scritta da Ferdinando Petacci, nipote dell’amante del Duce, che vive da tempo in Arizona. Da bambino, quando aveva tre anni e mezzo, si ritrovò a viaggiare nel piccolo corteo di macchine che il 27 aprile del 1945 portò il capo del fascismo e la sua amante dritti verso la morte. Da allora si è sempre chiesto: perché lo Stato italiano ha fatto scendere il silenzio sulle carte di sua zia? Claretta Petacci era solo un’amante o una spia degli inglesi? O, addirittura, insieme al fratello Marcello «collaborarono con Mussolini per arrivare a una pace separata con l’Inghilterra»? La merce di scambio sarebbe stato il carteggio tra il Duce e Winston Churchill, «molto compromettente per il premier britannico».

Insomma, dopo una prefazione del genere, inutile negare che viene voglia di lanciarsi alla disperata a leggere i diari di Claretta. Che, purtroppo, deluderanno il lettore fin dalle prime pagine. Che cosa emerge da questa carte? Una marea di promesse d’amore fatte da un uomo profondamente infedele, una sorta di ”serial lover”, alla sua giovanissima, gelosissima amante. E poi il ritratto di un uomo, Mussolini, che pensa soprattutto ad apparire forte, virile, che è terrorizzato dal fatto di invecchiare e parla spesso della morte. E che non evita gli scivolini nel ridicolo. Come quando lamenta i dolori dell’ulcera provocati dal polverone che si è alzato attorno all’omicidio di Matteotti. O come quando frigna che gli stivaloni, indossati per avere un aspetto più virile, lo fanno soffrire molto.

Nei diari di Claretta, i grandi eventi del ’900 passano in secondo piano rispetto alla girandola di amanti di Mussolini e alla gelosia ossessiva della Petacci. Il Duce le racconta di alcuni imbarazzanti incontri con la principessa Maria José, che si distendeva mezza nuda vicino a lui sulla spiaggia quasi a volersi offrire. Sparla spesso e volentieri di donna Rachele, la moglie: «Una contadina». Spara a zero sugli antifascisti, se la prende con Franco che tentenna in Spagna, manda insulti e maledizioni agli ebrei. Si mostra amico di Hitler, anche se lo teme profondamente. Ma, soprattutto, tempesta di telefonate la sua Claretta. A ogni ora del giorno, della notte. Per prometterle che non la tradirà più. Anche se sa benissimo che, quando gli arriverà la prima donna disponibile, la tradirà di nuovo. ( a.m.l.)

Thursday, November 19, 2009

Aventar (Brasil): Benito, para os amigos

A máquina do tempo: Mussolini

Colocado por Carlos Loures em 19 de Novembro de 2009

Foi posto ontem à venda nas livrarias italianas, editado pela Rizzoli, de Milão, o livro do jornalista Mauro Suttora com o título «Mussolini segreto» – «Mussolini Secreto». Revela, segundo se diz, uma nova imagem do ditador que, tem sido habitualmente descrito como um bonacheirão muito menos sanguinário do que o seu aliado Adolf Hitler. Afinal, Benito Mussolini disputava a Hitler a qualidade de campeão do anti-semitismo ( «Hitler è un sentimentalone»), acusava Franco de ser um idiota, ameaçava o Vaticano com o corte de relações («Questo papa è nefasto»)…

«Estudei durante muitos meses mais de 2000 páginas escritas por Claretta, com uma caligrafia apertada e difícil», diz Suttora. Já no fim da guerra da Libertação, quando o casal Benito e Clara tinha já a água pelo pescoço e teve de fugir de Salò, onde se refugiara após a queda do governo de Mussolini, ainda mantendo a esperança de ressuscitar o fascismo, a amante do Duce entregou os seus diários a uma amiga de confiança, que os escondeu. Foram encontrados em 1950.

Mauro Suttora (1959) é um escritor e jornalista milanês, colaborador do Corriere della Sera, com reportagens sobre a guerra Irão-Iraque, o massacre de Tiananmen, a primeira guerra do Golfo, Gorbatchov, a guerra da Jugoslávia, a Segunda Intifada, etc. Entre os seus romances, destaca-se o best seller «No sex in City», publicado em 2007. É ele que me ajuda hoje a pilotar a nossa máquina do tempo de regresso a esses anos escaldantes que antecederam a 2ª Guerra Mundial.

Segundo o autor, o que se torna reveladoramente explosivo é o facto de as palavras de Clara Petacci, a linda actriz com os cabelos cor de azeviche, destruírem a imagem de um ditador que cometeu excessos, mas humano, um pouco ridiculamente fanfarrão, mas simpático, um acólito moderado de Hitler, um homem que foi atrelado ao carro nazi contra sua vontade e que aprovou as leis contra os judeus apenas para não contrariar o seu louco aliado. Um católico devotado. Essa imagem é falsa, segundo o livro de Suttora. E depois há as revelações eróticas, que numa Itália vacinada pelos desmandos de Berlusconi, não causarão grande impacto.

«Sabes, meu amor? A noite passada, no teatro, despi-te mentalmente pelo menos três vezes. Olhava-te, tirava-te a roupa e desejava-te como um louco». Parece um fragmento de uma escuta telefónica ao inenarrável Silvio, mas são palavras de Benito que Clara anotou em 5 de Janeiro de 1938. A relação adúltera durava desde 1932, tinha Clara Petacci 20 anos e Mussolini 40. O Duce era casado com Rachel Mussolini (1890-1979) . Tinham seis filhos.

Mussolini ficava furioso quando apontavam Hitler como pioneiro do anti-semitismo: em 4 de Agosto de 1938, sempre de acordo com o diário de Petacci, o ditador fascista terá berrado: «Eu já era racista em 1921. Não sei como podem pensar que imito Hitler se ele nem sequer tinha nascido. Os italianos deveriam ter mais sentido da raça, para não criar mestiços que irão estragar o que temos de bonito». Vinte dias antes saíra o «Manifesto della razza», documento que tentava criar a tese da superioridade da etnia itálica.

Pio XI não terá escapado à fúria de Benito: «Se os do Vaticano continuam assim, vou romper todas as relações com eles. São uns miseráveis hipócritas. Proibi os casamentos mistos e agora o Papa pede-me para casar um italiano e uma preta. Não! Vou-lhes partir a cara a todos».

Franco não foi melhor tratado: «Esse tal Franco é um idiota. Julga que ganhou a guerra com uma vitória diplomática, só porque alguns países o reconheceram, mas tem o inimigo dentro de casa. Se tivesse só metade da força dos japoneses, já teria acabado com tudo há quatro meses. São apáticos [os espanhóis], indolentes, têm muita coisa dos árabes. Até 1480 os árabes dominaram a Espanha, foram oito séculos de domínio muçulmano. Aí está a razão porque comem e dormem tanto», anotou Claretta em 22 de Dezembro de 1937.

Enfim, um livro que promete levantar celeuma, principalmente em Itália onde ainda existe uma residual falange de apoio ao ditador que, com a sua amante Clara Petacci, foi numa praça executado de Milão, no dia 25 de Abril de 1945.

Wednesday, November 18, 2009

Alessandra Mussolini difende il nonno

«Vittima dello stalking di Claretta»

Il Giornale, mercoledì 18 novembre 2009

di Daniele Abbiati

Con sorprendente pacatezza, nonostante il tema del giorno sia l’ennesima «puntata» della tragica commedia sull’amato nonno, Alessandra Mussolini risponde modulando il tono usando la corda dell’amara ironia. «Non credo a una sola parola. Quella donna oggi sarebbe condannabile per stalking, altro che testimonianze storiche. Si tratta di una vera persecuzione reiterata...».

«Quella donna» è ovviamente Claretta, l’amante del Duce. E le parole in questione, vale a dire le confidenze intime che il capo del fascismo avrebbe fatto alla Petacci a proposito degli ebrei e del Vaticano, in particolare, ora raccolte nel volume curato da Mauro Suttora Mussolini segreto (Rizzoli, da oggi nelle librerie), «sono assolutamente in contrasto con la linea di condotta di Benito. No, guardi, nella migliore delle ipotesi si tratta di una pura e semplice operazione di marketing. È una cosa che sta agli antipodi dei diari del nonno, in possesso del senatore Dell’Utri. Diari fra l’altro avvalorati da un atto notarile a firma di mio padre». E nella peggiore delle ipotesi? Qui la voce s’incrina e rallenta: «A meno che... si tratti di un artificioso contraltare proprio a quei diari...».

Anche Roberto Chiarini, lo storico che al fascismo in generale, e al tema sempre caldo del razzismo nel Ventennio in particolare ha dedicato numerosi studi, propende per il «no». Condivide le fortissime perplessità espresse ieri sul Giornale da Giordano Bruno Guerri (mentre un altro esperto, Roberto Gervaso, apre qualche spiraglio), ma, soprattutto, fa due considerazioni: una sulla forma e una sul contenuto. Quanto alla forma, «bisogna tener conto - dice - della sede in cui, eventualmente, furono espressi i giudizi. Bisogna considerare l’onda emotiva della sfera privata...». Insomma, è risaputo come l’alcova, spesso, non sia il posto migliore dove parlare a cuore aperto.

E poi, entrando nel merito, c’è... un terzo incomodo molto ingombrante: Adolf Hitler. «Con il Führer esisteva un rapporto complesso che non escludeva la rivalità. Mussolini lo “rincorreva” su vari fronti, in particolare quello del razzismo. Nel ’38 temeva di fare la figura di quello che arriva per ultimo. E calcare la mano sugli ebrei serviva ad affermare la natura totalitaria del suo sistema. Inoltre ci sono i conti da regolare con i poteri che fino ad allora l’avevano condizionato... E la guerra d’Etiopia, con il conseguente problema del meticciato...».

Alcova, Mussolini, razzismo, Vaticano. Sarebbero ottimi ingredienti per un Porta a porta. Infatti, una puntata sul tema verrà registrata lunedì prossimo.

Tuesday, November 17, 2009

Mussolini antisemita, parla Giorgio Fabre

Mussolini antisemita, i primi segnali già quando era socialista

Roma, 17 nov (Velino) - “Purtroppo la storiografia in Italia è dominata da studiosi cialtroni che pensano di emulare Renzo De Felice e studiosi bugiardi che si inventano documenti”. Così lo storico e giornalista Giorgio Fabre commenta con il VELINO la rivelazione emersa dai diari di Claretta Petacci, desecretati dall’Archivio centrale dello Stato e da domani in libreria col titolo “Mussolini segreto” (Rizzoli), secondo la quale Mussolini sarebbe stato un convinto antisemita ben prima dell’emanazione delle leggi razziali del 1938 e dell’alleanza con Hitler.

Questa tesi che emerge oggi dalle carte della Petacci, Fabre la sostiene da anni. Per l’esattezza ne aveva anzi già dato notizia nel 2005 in un documentato volume intitolato “Mussolini razzista. Dal socialismo al fascismo: la formazione di un antisemita” (Garzanti). “Finché si tirano fuori valanghe di documenti non succede nulla – rileva -; poi appena escono fuori carte di un certo effetto dove magari c’è di mezzo il sesso e così via, allora queste vengono prese sul serio. Per anni sul fascismo ha dominato l’interpretazione di De Felice, su cui si è abbarbicata la maggioranza degli storici, che il regime fosse rimasto fuori dal cono d’ombra della Shoah. In questo modo è passato il concetto degli italiani brava gente, e il giudizio è stato ripetuto in continuazione fino a diventare un luogo comune. Solo che De Felice era uno storico serio, oggi invece abbiamo degli studiosi cialtroni”.

E alla storiografia di sinistra non avrebbe fatto comodo sostenere la tesi di un fascismo antisemita già prima del 1938? “Nel 2006 – risponde Fabre – ho avuto un contraddittorio con storici di sinistra che mi hanno attaccato tirando in ballo una presunta lettera scritta da Mussolini alla sorella Edvige. Lettera che non è mai esistita. In pratica si sono inventati un documento. E questo è il livello della storiografia di sinistra…”.

Fabre individua i primi segnali dell’antisemitismo di Mussolini addirittura all’epoca della militanza socialista del futuro duce. “Già nel 1908 si colgono degli indizi – spiega -. È il momento in cui è affascinato dal superuomo di Nietzche e dai razzisti pangermanisti tipo Houston Stewart Chamberlain o Joseph-Arthur de Gobineau. Poi, via via, comincia ad avere conflitti con politici e socialisti ebrei. Insomma l’ostilità antisemita di Mussolini è stato un processo lungo che si è protratto nel tempo”.

Diversi gli episodi riportati da Fabre: dall’attacco nel dicembre 1917 alle origini “razziali” del commissario bolscevico alla guerra Nicolai Vassilievich Krylenko, alla sostanziale linea ostile agli ebrei del Popolo d'Italia, il giornale fondato da Mussolini. I primi atti concreti arrivano però all’inizio del 1929 con provvedimenti diretti contro ebrei che occupano posti di responsabilità in istituzioni pubbliche e private del regime: Ugo Del Vecchio, alto funzionario della Banca d'Italia, il matematico Federigo Enriques, il provveditore agli studi della Campania Aldo Finzi.

A partire dal 1932-1934, la politica antisemita del duce si allargò a un maggior numero di settori della società e divenne sistematica. Nel marzo ‘32 Mussolini tolse l'archeologo Alessandro Della Seta dai candidati all'Accademia d'Italia, poi a fine anno allontanò Margherita Sarfatti dal Popolo d'Italia e dalla rivista Gerarchia. Nel marzo 1933 costrinse alle dimissioni Giuseppe Toeplitz, amministratore delegato della Banca commerciale italiana. All’inizio del ‘34 Gino Jacopo Olivetti fu costretto a dare le dimissioni da segretario della Federazione fascista dell'industria sostituito da Alberto Pirelli. Tante insomma le testimonianze di una “questione ebraica” che ha agitato Mussolini prima dell’avvicinamento di questi a Hitler, prima della guerra di Etiopia e soprattutto ben prima della leggi razziali del 1938.

Visti questi segnali di antica data, perché allora il duce avrebbe aspettato il 1938 per emanare i provvedimenti antisemiti? “Si può avanzare un’ipotesi – risponde Fabre -. Nel 1934 Mussolini cominciò a eliminare sindaci, capi delle provincie e consiglieri comunali e provinciali ebrei. Poi fece lo stesso con i capi dei sistemi corporativi provinciali. A me sembra che tutte queste manovre rientrino nel disegno della grande riforma costituzionale terminata dal duce nel 1939 con la nascita della Camera delle Corporazioni. Mussolini voleva, cioè, un sistema istituzionale completamente libero dai suoi nemici. E la politica perseguita a partire dal 1934 rende ragionevole questa ipotesi”.

E la cotta che Mussolini si prese per l’ebrea Sarfatti? “La Sarfatti era una donna molto intelligente, affascinante e aveva una marea di rapporti culturali e politici – commenta Fabre -. Il duce in seguito ha sfruttato questi rapporti con gli artisti e i politici. Secondo me si è servito della Sarfatti. E comunque non trovo strano che fosse veramente innamorato di un’ebrea. Anche Hitler aiutò degli ufficiali ebrei che erano in difficoltà solo perché erano stati eroi di guerra”.

(Emanuele Gatto) 17 nov 2009

Le donne di Mussolini

CLARETTA AL DUCE: "PIANGO PER TE, CINICO TRADITORE"

In un libro i Diari desecretati della Petacci. Tradita come Rachele con tante altre

di Mauro Suttora

Il Tempo, 17 novembre 2009

Le donne di Mussolini. Se n’è scritto e favoleggiato per settant’anni. Finalmente il volume ‘Mussolini segreto’, in libreria per Rizzoli da domani, svela molte verità. Infatti nei suoi diari appena desecretati dall’Archivio di stato Claretta Petacci, amante ufficiale del duce dal 1936, annota spasmodicamente tutti i tradimenti che Benito le infligge anche dopo che lei ha conquistato il ruolo di favorita unica.
Le sue rivali, nel periodo ’37-’38, sono rimaste due: Romilda Ruspi coniugata Mingardi e Alice De Fonseca coniugata Pallottelli.

La prima vive addirittura nella stessa residenza di Mussolini, quella villa Torlonia che il principe omonimo gli ha messo a disposizione. La Mingardi e sua sorella sono ospitate nel villino che il principe ha tenuto per sé all’interno del grande parco.
«All’Opera. Non mi volevi. C’era lei [la Ruspi]. Ho creduto di morire di pena, avevo i morsi nel cuore»: così scrive Claretta il 10 aprile ’37. E intima a Benito di lasciare Romilda. Ma lui non ci pensa proprio: «Quando mi telefonavi di dicevo di lasciarla. Tu: “No”», annota Claretta il 21 aprile.

Passano i mesi. Claretta consolida il suo ruolo e chiede che la Ruspi traslochi da villa Torlonia. Il 5 novembre ’37 i due amanti si vedono al mare, nella tenuta reale di Castelporziano messa a disposizione del dittatore da Savoia: «Domando di lei [la Ruspi], capisco che è rimasta nella villa. Naturalmente mi addoloro. E lui: “Amore, ti giuro che ho fatto tutto il possibile [per mandarla via], non parliamone più. Perché la metti sempre sul piatto? Io ti amo, non m’importa più nulla di nessuna». Quattro giorni dopo, sempre Mussolini: «Quella signora [la Ruspi] è partita ieri sera con il bambino. Non voglio più sentirne parlare. Non la nominare mai più. È finita, è più lontana dell’Alaska. Dov’è l’Alaska?»

Il bimbo in questione è nato nel ’28, la Ruspi sostiene che sia figlio di Mussolini. Lui ci crede, e dà alla donna uno stipendio mensile. Soltanto nell’autunno ’38 Claretta riesce a farla traslocare (in via Spontini, sempre a spese del duce), ma Mussolini continuerà a vederla di nascosto.

Stessa sorte per la bellissima anglofiorentina Alice Pallottelli, amante del duce negli anni ‘20 e madre di due bimbi che Mussolini considera suoi: «Sì, i suoi figli sono miei. La bimba è la più bella di Roma», urla al telefono Benito a Claretta il 10 dicembre ’38, «ieri sono andato dalla Pallottelli dalle due e un quarto alle due e cinquanta, ho veduto i bambini, quando li ho stretti fra le braccia mi sono commosso. Tu vuoi sapere tutto, e io te lo dico. La Pallottelli dice che tutti a Roma sanno di noi, che sono ridicolo perché sono vecchio».

In effetti Mussolini nel ’38 ha 55 anni, Claretta meno della metà: 26. Lei si dispera: «Attacco la comunicazione. Piango come non ho mai pianto. Tutto crolla. Il suo cinismo è ripugnante. Lo esorto a continuare con questa donna e a lasciare me, che non ama né rispetta. [Gli dico]: “[La Pallottelli] è una vecchia vipera che si scaraventa contro la mia presenza per rabbia e invidia».

Un’altra presenza femminile che si affaccia in quegli anni e che minaccia la coppia Claretta-Benito è la contessa Giulia Brambilla Carminati. Fascista fervente, la Brambilla inonda Mussolini di lettere nelle quali lo mette in guardia da quelli che lei considera pericoli di ogni tipo. Anche lei ha avuto una relazione con il duce, ma ormai ha superato la quarantina. E Mussolini, nei suoi commenti con Claretta, è impietoso con le donne sfiorite.

Scrive la Brambilla a Mussolini: «Mi meraviglio che una persona come te sia caduta così in basso da mettersi insieme a quella donnaccia». E il duce nella primavera ’38 legge le lettere di avvertimento della Brambilla Carminati a Claretta, provocando fra le due un odio irresistibile.

Poi però anche in questo caso Claretta ha la meglio, e riesce a far allontanare la Brambilla da Roma. Invece l’amore fra Claretta e Benito, come sappiamo, continuerà. Fino alla tragica fine del ’45.

Mussolini segreto: Ansa

LIBRI: CLARETTA PETACCI, NEI DIARI IL MUSSOLINI PEGGIORE

(ANSA) - ROMA, 16 NOV - Claretta Petacci aveva due passioni: l'amore folle per il suo Benito, e il bisogno sfrenato di mettere per iscritto tutte le parole dell'illustre amante. È così che scopriamo un Mussolini privato sprezzantemente antisemita, tanto da essere invelenito col Papa che cerca di contrastare la sua politica, che non sopporta il Re, che sa che l'entusiasmo degli italiani è superficiale, e che è conquistato dalla Germania nazista.

Questo Duce, così profondamente diverso da come ce lo tramandano testimonianze di amici e parenti, lo scopriamo grazie a Mauro Suttora, inviato speciale di 'Oggi', che ha curato una bella selezione, oltre 500 pagine delle migliaia degli originali, dei diari 1032-'38 della Petacci, che esce mercoledì col titolo appunto di 'Mussolini segreto' pubblicata da Rizzoli.

A settanta anni di distanza si leggono per la prima volta i segreti di una sin troppo nota relazione proibita, che intreccia sentimenti, gelosie, fantasie erotiche private con la storia e la tragedia del fascismo. Nel 1938, anno cruciale della storia (Hitler a marzo invade l'Austria, a settembre si tiene la conferenza di Monaco), Mussolini doveva fare dieci particolari telefonate al giorno: doveva chiamare ogni ora la sua giovane e assillante gelosissima amante Claretta, che gli rinfaccia fighe (sic, ndr) con altre donne. A questo proposito lui, per esempio, le dice ipocrita: "Ti adoro e sono uno sciocco. Non ti devo far soffrire, anche perchè questa tua sofferenza si riversa su di me, che soffro di ciò che soffri".

E con questo possiamo leggere tutto quello che Mussolini diceva e faceva davanti a Claretta, grazie a questi diari
riemersi dall'Archivio centrale dello Stato, che sono, oltre alla cronaca di una passione che ha fatto epoca, un ritratto privatissimo di un protagonista della nostra storia, che ci arriva praticamente senza nessun filtro, quasi in un resoconto stenografico dei suoi pensieri, commenti, sentimenti sui personaggi e sui fatti del giorno, sui nemici e sugli alleati, sulla politica estera e quella interna. (ANSA).

commento di Giordano Bruno Guerri

Errori, vanterie, esagerazioni: sono carte da valutare con attenzione

Il Giornale, martedì 17 novembre 2009

di Giordano Bruno Guerri

Ecco dunque i diari di Claretta Petacci, che tanti aspettavano come possibile fonte di chi sa quali rivelazioni, di chi sa quale Mussolini diverso da quello che già conosciamo. C’è chi giura sulla loro autenticità, ma è pur vero che sono arrivati all’Archivio centrale dello Stato dopo un lungo e tortuoso percorso. Come tutti i diari, d’altra parte, potrebbero essere autentici ma manipolati dalla stessa autrice, contemporaneamente o successivamente ai fatti. Certo, potrebbero essere anche genuini, ma questo non garantisce affatto la loro validità e importanza storiografica.

Per esempio, già alla seconda annotazione pubblicata in questa pagina, quella del 2 settembre 1938, si dà una notizia clamorosamente, indubitabilmente falsa. «Ben» avrebbe detto a Claretta: «Ti dà l’idea del mio razzismo il fatto che nel 1929, all’inaugurazione dell’Accademia, dichiarai che mai e poi mai si sarebbe fatto un accademico ebreo». È vero che il duce non nominò mai accademici di razza ebraica, ma il discorso inaugurale dell’Accademia d'Italia - tenuto il 28 ottobre del 1929 - venne pubblicato già il giorno dopo e non fa il minimo accenno alle razze né, tanto meno, agli ebrei. Al contrario, contiene un passaggio di apertura a tutte le energie intellettuali: «L’importanza di un’Accademia nella vita di un popolo può essere immensa, specialmente se essa convogli tutte le energie, le scopra, le disciplini, le elevi a dignità».

Anche se è indubbio che le leggi e le persecuzioni razziali ci siano state, per esplicita volontà di Mussolini, in nessun’altra testimonianza si trovano, da parte del duce, parole tanto cariche di odio verso gli ebrei: in toni e quantità talmente eccessivi da far sospettare che Claretta volesse accreditarsi come protettrice illuminata dei perseguitati. Infatti leggiamo, il 4 agosto 1938, una frase che le avrebbe detto Mussolini: «Tu non sei mai stata antisemita. Anzi, abbiamo avuto delle discussioni perché li hai difesi dicendo: “Poveretti, lasciali vivere, che colpa ne hanno di essere ebrei”». Strano davvero. Mussolini era del parere che le donne non dovessero occuparsi di politica: mentre in questo diario i discorsi politici, virgolettati quasi più da stenografa che da amante, sono lunghi, spesso troppo lunghi.

In attesa delle verifiche, delle collazioni e dei controlli accuratissimi che si devono svolgere su questo tipo di opere, le prime due domande cui si può rispondere sono: il diario, contiene novità storiografiche importanti? No, non le contiene.

La risposta alla seconda domanda - il Mussolini che ne esce, è diverso da quello noto? - deve essere più sfumata. Nella sostanza, tutto corrisponde. I giudizi livorosi verso inglesi e francesi (per non dire quelli sugli italiani); il rispetto verso i tedeschi, accresciuto (almeno fino al 1939) dall’ammirazione che gli manifestavano; la scarsissima considerazione verso altri capi politici, Franco, Schuschnigg, Eden, Blum; la disistima per i gerarchi fascisti; la convinzione della necessità delle guerre; la passione per i filmetti comici; l’odio purissimo verso la borghesia e l’uggia che gli procura la famiglia, in particolare la moglie Rachele.

Tutto vero, tutto giusto, ma espresso in un modo così enfatico, eccessivo, esagerato, da suscitare un sospetto, anche escludendo il falso puro e semplice: che l’autore del falso sia stato lo stesso Mussolini, enfatizzando e esagerando le proprie posizioni, decisioni, idee.

Benito non aveva alcun bisogno di sedurre Claretta, innamorata persa di lui fin da quando era ragazzina. Però sembra voler alimentare quell’adorazione - più per compiacere lei che se stesso - portando tutto oltre misura: per esempio, quando racconta dell’ambasciatore cinese che gli chiede disperatamente aiuto contro i giapponesi, come se davvero Mussolini potesse qualcosa in quella guerra. Per non dire delle vanterie amorose: «C'è stato un periodo che avevo quattordici donne, e ne prendevo tre-quattro per sera, una dopo l’altra». Niente di strano per un uomo - sia pure duce - di 56 anni con un’amante di 25.

commento di Francesco Perfetti

Con gli attacchi agli ebrei e al Pontefice Benito voleva impressionare la sua amante

di Francesco Perfetti

Libero, 17/11/09

Quale fosse il rapporto di Mussolini con le donne è stato descritto molto bene in un gustoso volume di Quinto Navarra intitolato Memorie del cameriere di Mussolini. Secondo questa testimonianza - di un uomo che fu commesso di Mussolini dai tempi della conferenza di Cannes del 1922 fino al 25 luglio 1943 - le donne ebbero una grande importanza nella vita del capo del fascismo, ma in un modo particolare e non come si potrebbe pensare sulla base di letteratura e memorialistica attente al sensazionale. Navarra ha fatto notare che i ritratti di un Mussolini ardente e sconvolto dalle passioni, di un Mussolini capace di trascurare gli affari di governo per dedicarsi agli amori non corrispondono alla realtà. Mussolini, a detta di Navarra, «non era il tipo che stringesse un’alleanza o dichiarasse una guerra perché istigato a farlo dalla propria amante». In fondo, egli «considerava le donne esclusivamente per quel che potevano dargli come donne; le faceva parlare, fingendo di ascoltarle, poi agiva come credeva».

Questa testimonianza è importante per leggere con il dovuto distacco critico le confidenze che Mussolini avrebbe rilasciato a Claretta Petacci e che questa avrebbe, a suo volta, puntigliosamente annotato. È vero che - a differenza di quelli intrattenuti con tante altre signore e signorine - il rapporto di Mussolini con Claretta (ma anche quello con un’altra donna eccezionale, Margherita Sarfatti) ebbe un carattere eccezionale. Per Claretta, che apparteneva a una famiglia del cosiddetto “generone” romano, nutrì un affetto particolare al punto da farle allestire un vero e proprio appartamento privato a Palazzo Venezia, ma è certo, sulla base della testimonianza attendibile di Quinto Navarra, che lei non ebbe alcuna influenza nelle decisioni politiche del Duce.

È probabile, però, che Mussolini, in linea con il suo carattere egocentrico e con il desiderio esibizionistico di farsi ammirare dalla favorita, potesse enfatizzare certi suoi comportamenti, a cominciare, per esempio, da quelli erotici per suscitare qualche reazione, e magari qualche confronto, nell’animo di una donna non solo fanciullescamente innamorata di lui ma anche molto gelosa. Come pure è probabile che Claretta avesse la tendenza a credersi più importante di quanto effettivamente fosse e abbia quindi esagerato o stravolto certe affermazioni del suo Ben. È però da escludere che Mussolini potesse lasciarsi andare a indiscrezioni o ad osservazioni politiche particolarmente significative. Tale circostanza è da tenere presente perché la dimensione psicologica dell’uomo Mussolini di fronte alla sua amante è la chiave dalla quale non si può prescindere per leggere con la dovuta attenzione critica i giudizi da lui espressi a Claretta su fatti, personaggi, momenti e circostanze: giudizi che appaiono, spesso, sorprendenti e in contrasto con valutazioni che egli stesso avrebbe espresso ad altri interlocutori in contesti e situazioni diverse sugli stessi fatti.

È comprensibile che egli, di fronte alla sua amante, un’amante che considerava comunque ingenua, tendesse a valorizzare il proprio ruolo e a valorizzare la sua immagine. La rivendicazione, per esempio, di un suo antico “razzismo”, risalente al 1921, fatta all’indomani della divulgazione del Manifesto sulla razza è emblematica. Mussolini aveva collaborato a pubblicazioni dirette da ebrei, come “Pagine Libere” di Angelo Oliviero Olivetti, aveva avuto amici stretti fra gli ebrei come i coniugi Sarfatti e non avrebbe mai rinnegato alcune forti amicizie con ebrei. Di fronte a Claretta aveva, però, evidentemente la necessità di riaffermare la sua indipendenza da Hitler e dai tedeschi, evitare che potesse passare l’idea che egli fosse stato costretto a copiare Hitler: «Non so come possano pensare che imito Hitler, non era ancora nato. Mi fanno ridere».

Non è un caso che, in molti brani delle annotazioni diaristiche di Claretta Petacci, emerga la tendenza di Mussolini sia a sottolineare l’ammirazione che i nazisti e lo stesso Hitler avrebbero avuto per la sua persona sia a richiamare l’attenzione su certi limiti obiettivi del Führer, come, per esempio, l’incapacità di fare un discorso breve ed efficace. Per Hitler, in fondo, Mussolini non aveva mai avuto una grandissima stima, come dimostra la vicenda quasi grottesca del continuo rinvio della visita che il primo voleva fargli in Italia. Ma poi, dopo la campagna d’Etiopia e dopo l’avvicinamento alla Germania, egli si era illuso di poter giocare da protagonista sulla scena internazionale portandosi al seguito Hitler. Era una illusione, appunto. E, ancora più di una illusione, un errore tragico di valutazione. Del quale non si rese conto e che si ritrova in certe confidenze, che hanno il sapore della “vanteria”, fatte a Claretta.

Detto tutto questo, i diari e le annotazioni della Petacci, a prescindere dalla loro attendibilità (che è cosa diversa dalla loro autenticità), se pure non offrono rivelazioni sensazionali, possono senza dubbio, se letti con una oculata attenzione critica, offrire elementi importanti per capire meglio, più che la politica, la personalità e la psicologia di Mussolini.

Mussolini segreto: bugie private, pubblici segreti

Il duce ritratto dalla Petacci divide gli storici

di Dino Messina

Corriere della Sera, 17.11.09

Amatore instancabile e all’improvviso diventato fedelissimo, antisemita della prima ora, avversario di Pio XI, buonista con il «sentimentalone» Hitler. Il primo assaggio dei diari di Claretta Petacci dal 1932 al 1938, Mussolini segreto, a cura di Mauro Suttora, in uscita domani da Rizzoli e anticipato ieri dal «Corriere», ci consegna un ritratto del Duce, tra il pubblico e il privato, che darà nuovo lavoro agli storici. Intanto è già cominciata la discussione sull’autenticità, sulla quale non vi dovrebbero essere molti dubbi, poi sull’attendibilità delle annotazioni, che, osserva un biografo del dittatore, Aurelio Lepre, autore di "Mussolini l’italiano" (Mondadori), «andranno verificate e messe a confronto per esempio con quelle dei diari di Giuseppe Bottai e Galeazzo Ciano. Allo stesso modo il confronto andrà fatto con le affermazioni contenute nel libro "L’orecchio del Duce" (Mursia), in cui Ugo Guspini riportava le intercettazioni di conversazioni telefoniche tra il dittatore e la sua amante, non sempre ritenute veritiere».

Questo lavoro incrociato sulle fonti diventerà sempre più complicato a mano a mano che si arriverà al tragico epilogo del 28 aprile 1945, la fucilazione degli amanti a Giulino di Mezzegra. Ferdinando Petacci, figlio del fratello di Claretta, Marcello, nell’introduzione al volume ipotizza per la zia un ruolo di spia degli inglesi. Così si spiegherebbe la precisione di certe annotazioni e l’attenzione maniacale per i fatti politici. Una spia che avrebbe subito confessato il suo ruolo all’amante, il quale a sua volta l’avrebbe utilizzata tramite Winston Churchill, anche per la questione del famoso carteggio. La fantomatica corrispondenza tra il premier britannico e il dittatore italiano sarebbe servita a quest’ultimo come merce di scambio nella trattativa per una pace separata. Ma di questa vicenda ci sarà tempo per discutere, giacché, visto il contenuto privato di molte pagine dei diari, custoditi all’Archivio di Stato, devono passare settant’anni per la pubblicazione.

Gli storici concordano sul fatto che questi documenti sono più importanti per la ricostruzione della personalità privata che per il profilo pubblico del dittatore. La pensa così Giovanni Sabbatucci, che precisa: «Non ho motivo di dubitare dell’autenticità dei diari, ciò che può far dubitare è il contenuto del resoconto della Petacci, che non so fino a quanto attendibile, dato che non sappiamo il grado di veridicità delle confidenze di Mussolini alla sua amante». Sicuramente Mussolini mentiva quando giurava alla sua giovane amante fedeltà assoluta, dicendo di aver fatto il deserto intorno a sé. E Claretta prontamente ironizzava: un deserto con qualche cammello!

Il duce mentiva anche quando faceva risalire il suo antisemitismo al 1921? Rispondere a questa domanda significa risolvere una delle annose discussioni storiografiche intorno a Mussolini: quanto cioè il suo razzismo e la sua avversione per gli ebrei dipendessero dalla recente alleanza con la Germania nazista. «Anche su questo aspetto — osserva Lepre — c’è modo di stabilire se Mussolini mentiva, ma quel che conta è il contributo che i diari della Petacci portano al profilo psicologico del dittatore, tanto più che la testimonianza viene da una persona così vicina».

Scettico sull’attendibilità dei diari della Petacci è un suo biografo, Roberto Gervaso, autore nel 1981 di "Claretta, la donna che morì per Mussolini" (Rizzoli): «Secondo me — ha dichiarato Gervaso all’Adnkronos — su temi come le leggi razziali, Pio XI e Hitler i diari di Claretta non possono essere considerati una fonte di prima mano per conoscere il pensiero di Benito. Mussolini era innamorato pazzamente, aveva perso la testa dietro a una ragazza conosciuta quando lei aveva 20 anni e lui 49. Nel loro rapporto questa era l’unica cosa che contava».
Dà ragione a Gervaso il professor Sabbatucci quando afferma che Mussolini si comportava come il più classico degli italiani: un amante che «riempiva di balle» l’amata. Ma le bugie di Mussolini non rendono certo meno interessante questo ritratto del dittatore visto anche dalla camera da letto.

Monday, November 16, 2009

Corriere della Sera: libro 'Mussolini segreto'

DOCUMENTI INEDITI DAL ’32 AL ’38.
LE CONFIDENZE DEL CAPO DEL FASCISMO



Mussolini segreto nei diari della Petacci

Furibondo con ebrei e Pio XI, spavaldo nelle fantasie erotiche: le confessioni del Duce alla sua amante

Corriere della Sera, 16 novembre 2009

Avete presente il Benito Mussolini descritto nei ricordi di seguaci e parenti, o quello che emerge dai suoi pretesi «diari» acquistati da Marcello Dell’Utri, di cui gli storici negano l’autenticità? Un uomo bonario, attaccato alla famiglia, diffidente verso i nazisti, ossequioso nei riguardi del Papa, generoso con gli ebrei e dubbioso sulle leggi razziali.
Ebbene, dai diari della sua amante, Claretta Petacci, esce un ritratto opposto in tutto e per tutto: un Duce ferocemente antisemita, che rivendica il suo razzismo di lunga data, sprezzante verso la moglie, insofferente dei Savoia, ammaliato dalla potenza del Terzo Reich, furibondo con Pio XI per le sue parole in difesa degli ebrei.

Le eloquenti confidenze del Duce, trascritte dalla Petacci e qui anticipate, provengono dal volume Mussolini segreto (Rizzoli, pp. 521, € 21), in uscita dopodomani, nel quale Mauro Suttora ha raccolto una sintesi dei diari di Claretta dal 1932 al 1938. Per i primi anni si tratta di biglietti e brevi annotazioni, ma dall’ottobre 1937 il resoconto diventa fluviale. Naturalmente non tutto il contenuto dei diari può essere preso per oro colato. Sulla sincerità dei proclami di amore eterno, delle recriminazioni di Mussolini verso la moglie (afferma di essere stato tradito per lungo tempo) o di certe vanterie erotiche (sostiene che Maria José di Savoia, moglie del principe Umberto, avrebbe tentato di sedurlo) è lecito nutrire dubbi. Ma non si vede perché il Duce avrebbe dovuto alterare i suoi giudizi politici parlando con Claretta.

Oggetto di un lungo contenzioso tra lo Stato e la famiglia Petacci, che non ha mai smesso di rivendicarli, ma ha visto respingere le sue richieste, i diari si trovano all’Archivio di Stato, «la cui lunga custodia di questi documenti — sottolinea Suttora — ne garantisce l’autenticità».
Dopo il primo blocco, altre annate saranno desecretate «allo scadere dei settant’anni dalla loro compilazione». E secondo Ferdinando Petacci, nipote e oggi unico erede di Claretta, potrebbero contenere novità esplosive, tali da far ritenere che l’amante del Duce fosse in qualche modo collegata a Winston Churchill. Ma anche se l’ipotesi si rivelasse infondata, il contributo di queste carte alla conoscenza dell’uomo Mussolini resta indiscutibile.
Antonio Carioti

Corsera: le confidenze del duce

Dal libro 'Mussolini segreto' (ed. Rizzoli)

Corriere della Sera, lunedì 16 novembre 2009



5 gennaio 1938. Mussolini riceve l’amante a Palazzo Venezia. Tenero e appassionato, ricorda la serata precedente. E lei riporta così le sue parole.

«Lo sai amore che ieri sera a teatro ti ho spogliata tre volte almeno? Quando mi sono alzato in piedi dietro a mia moglie sentivo di prenderti. Avevo un folle desiderio di te. Mi dicevo: 'Il suo piccolo corpo, la sua carne di cui io sono folle, domani sarà mia'. Ti vedevo, e quando sei salita su ti sei accorta che ti spogliavo. Ti guardavo, ti svestivo e ti desideravo come un folle. Dicevo: 'Il suo corpicino delizioso è mio, è tutto mio. Io la prendo, vibra per me, è un tutt’uno con il mio corpo'. Vieni, ti adoro. Come puoi pensare che io, schiavo della tua carne e del tuo amore, pensi ad altre».

19 febbraio 1938. Al monte Terminillo, Claretta amareggiata rinfaccia a Mussolini le scappatelle con altre donne. Lui si scusa.

«Sì amore, faccio male, tanto più che ti amo sempre di più, e sento che mi sei necessaria più di ogni cosa. Ti adoro e sono uno sciocco. Non ti devo far soffrire, anche perché questa tua sofferenza si riversa su di me, perché io soffro di ciò che soffri»

17 luglio 1938. Mussolini e Claretta sono al mare, a Ostia. Lei riferisce un suo sfogo.

«Ah, questi italiani, io li conosco bene, li vedo nelle viscere. E so che sto sullo stomaco a molti. L’entusiasmo è un’apparenza. La verità è che sono stanchi di me, che li faccio marciare»

4 agosto 1938. I due amanti sono in barca. Venti giorni prima è uscito il Manifesto della razza.

«Io ero razzista dal ’21. Non so come possano pensare che imito Hitler, non era ancora nato. Mi fanno ridere. (...) Bisogna dare il senso della razza agli italiani, che non creino dei meticci, che non guastino ciò che c’è di bello in noi».

28 agosto 1938. Sono insieme sulla spiaggia. Mussolini legge, poi scatta.

«Ogni volta che ricevo il rapporto dell’Africa ho un dispiacere. Anche oggi cinque arrestati perché convivevano con le negre. (...) Ah! Questi schifosi d’italiani, distruggeranno in meno di sette anni un impero. Non hanno coscienza della razza».

1 ottobre 1938. Il Duce racconta all’amante i retroscena della conferenza di Monaco, nella quale Francia e Gran Bretagna hanno accettato le pretese di Hitler sulla Cecoslovacchia.

«Le accoglienze di Monaco sono state fantasti che, e il Führer molto simpatico. Hitler è un sentimentalone, in fondo. Quando mi ha veduto aveva le lagrime agli occhi. Mi vuole veramente bene, molto. (...) Ma ha degli scatti di una violenza che solo io riuscivo a frenare. Faceva faville, fremeva, si conteneva con sforzo. Io invece, l’imperturbabile. (...)
«Ormai le democrazie devono cedere il passo alle dittature. Noi eravamo una forza sola, avevamo un significato, rappresentavamo un’idea e un popolo. Lui con la camicia bruna, io in camicia nera. Loro così, umiliati e soli. Ti sarebbe piaciuto davvero, essere lì a vedere. (...)
«La vittoria è ormai delle dittature. Questi regimi vecchio stile non vanno più, sono creatori di disordine. Uno solo deve essere al timone, e comandare. Oggi la Germania è la più grande potenza del mondo. Sono ottanta milioni di uomini che bisogna pensarci, prima di attaccarli. (...) Dovevi vedere con che affetto, simpatia e devozione mi hanno accolto ovunque lungo la strada. Hanno compreso anche là che l’artefice della pace, l’unico che poteva far desistere Hitler da qualsiasi movimento, ero io. Lo smacco della politica rossa è insormontabile. No, è falso, non abbiamo mai mangiato insieme a Daladier e a Chamberlain. Sempre fra nazisti e fascisti, e mi sono trovato benissimo».

8 ottobre 1938. Mussolini è indignato con Pio XI, che ha dichiarato «spiritualmente siamo tutti semiti» e chiede di riconoscere la validità dei matrimoni religiosi misti tra ebrei e cattolici.

«Tu non sai il male che fa questo papa alla Chie sa. Mai papa fu tanto nefasto alla religione come questo. Ci sono cattolici profondi che lo ripudiano. Ha perduto quasi tutto il mondo. La Germania completamente. Non ha saputo tenerla, ha sbagliato in tutto. Oggi siamo gli unici, sono l’unico a sostenere questa religione che tende a spegnersi. E lui fa cose indegne. Come quella di dire che noi siamo simili ai semiti. Come, li abbiamo combattuti per secoli, li odiamo, e siamo come loro. Abbiamo lo stesso sangue! Ah! Credi, è nefasto.

«Adesso sta facendo una campagna contraria per questa cosa dei matrimoni. Vorrei vedere che un italiano si sposasse con un negro. Abbiamo veduto che anche i matrimoni con i bianchi stranieri portano, in caso di guerra, alla disgregazione delle famiglie. Perché l’uno e l’altro coniuge si sentono in quell’attimo assolutamente per la propria Patria. Perché l’hanno nel sangue. Di qui naturalmente l’impossibilità d’accordo, e le famiglie a rotoli. Lui dia pure il permesso, io non darò mai il consenso. (...) Ha scontentato tutti i cattolici, fa discorsi cattivi e sciocchi. Quello dice: 'Compiangere gli ebrei', e dice: 'Io mi sento simile a loro'... È il colmo».

11 ottobre 1938. Al mare con Claretta, il Duce si scaglia contro gli ebrei.

«Questi schifosi di ebrei, bisogna che li distrugga tutti. Farò una strage come hanno fatto i turchi. Ho confinato 70 mila arabi, potrò confinare 50 mila ebrei. Farò un isolotto, li chiuderò tutti là dentro. (...) Sono carogne, nemici e vigliacchi. Non hanno un po’ di gratitudine, di riconoscenza, non una lettera di ringraziamento. La mia pietà era viltà, per loro. Dicono che abbiamo bisogno di loro, dei loro denari, del loro aiuto, che se non potranno sposare le cristiane faranno cornuti i cristiani. Sono gente schifosa, mi pento di non aver pesato troppo la mano. Vedranno cosa saprà fare il pugno d’acciaio di Mussolini. (...) È l’ora che gli italiani sentano che non devono più essere sfruttati da questi rettili».

10 novembre 1938. Il governo approva il decreto legge sulla razza che entrerà in vigore una settimana dopo. Benito ne parla a Claretta.

«Oggi abbiamo trattato la questione degli ebrei. Certamente sua Santità solleverà delle proteste, per ché non riconosceremo i matrimoni misti. Se la Chiesa vorrà farne, faccia pure. Però noi, Stato, non li riconosceremo, e saranno come amanti. Di conseguenza, nemmeno i figli. Tutti quelli che si sono fatti cattolici fino ad oggi, e quindi i figli, rimarranno come adesso. Dalla data stabilita in poi non si ammetteranno più. Diversamente si farebbero tutti cattolici pur di potersi sposare, e allora la questione della razza non avrebbe ragion d’essere. Questo il Papa non lo vuol capire, quindi faccia come crede».

16 novembre 1938. Nuovo sfogo contro Pio XI.

«Ah no! Qui il Vaticano vuole la rottura. Ed io romperò, se continuano così. Troncherò ogni rapporto, torno indietro, distruggo il patto. Sono dei miserabili ipocriti. Ho proibito i matrimoni misti, e il papa mi chiede di far sposare un italiano con una negra. Solo perché questa è cattolica. Ah no! A costo di spaccare il muso a tutti».

Thursday, October 22, 2009

Diari Petacci a Francoforte

MUSSOLINI: "CLARETTA, T'HO SPOGLIATA A TEATRO"

Amore e potere: la Rizzoli presenta i diari della Petacci alla Buchmesse

La Stampa, 14 ottobre 2009

Mario Baudino

«Lo sai amore che ieri sera a teatro ti ho spogliata tre volte almeno. Quando mi sono alzato in piedi dietro a mia moglie io sentivo di prenderti. Avevo un folle desiderio di te. Mi dicevo: ''Il suo piccolo corpo, la sua carne di cui io sono folle, domani sara' ancora mia''. ... Come puoi pensare che io, schiavo della tua carne e del tuo amore, pensi ad altre».

Cosi' scrisse Claretta Petacci, nel suo diario del '38, riferendo le parole che le avrebbe rivolto Mussolini, appena incontrato a Palazzo Venezia. Esagerava? La buttava un po' sullo svenevole? Fantasticava sul suo schiavo d'amore? Non abbiamo la controprova, per evidenti motivi. Ma tra un mese sara' possibile leggere cinquecento pagine di cio' che la celebre amante del Duce annoto' fra il '32 e il '38. Verranno pubblicate da Rizzoli in Mussolini segreto, a cura di Mauro Suttora, che quei diari ha trascritto e studiato, dopo averli inseguiti a lungo. Erano infatti depositati all'Archivio di Stato, ma non accessibili - neppure agli studiosi - fino allo scadere dei settant'anni dalla loro stesura.

Questo e' il motivo per cui d'ora in poi, ogni dodici mesi, se ne renderanno disponibili altri, fino al '45. Claretta Petacci continuo' a scriverli fino all'ultimo, e li consegno' a un'amica prima di lasciare Milano e incamminarsi con il convoglio dei gerarchi fascisti verso la Valtellina. Segui' l'uomo che amava e mori' con lui, a Giulino di Mezzegra, uccisa in circostanze ancora non del tutto chiare ed esposta cadavere in piazzale Loreto, a Milano.

Ma questa e' la «grande storia». Nei diari c'e' quella magari piu' piccola, della quotidianita' e del sogno. Queste pagine non rispondono agli interrogativi sulla fine del capo del fascismo, sul fantomatico carteggio con Churchill che Mussolini avrebbe avuto con se' nella fuga interrotta a Dongo, e in genere su tutti gli altri misteri italiani del periodo.

La curiosita' dell'editoria internazionale alla Fiera di Francoforte, dove la Rizzoli lancia il libro, e' pero' notevole, stimolata dai fatti di cronaca recenti, dal gossip privato divenuto politico. Non si puo' dire del resto che la povera Claretta Petacci - una figura tragica nella storia d'Italia - si sia risparmiata, anche da questo punto di vista. Tra gelosie e riappacificazioni, pianti e abbracci, ci consegna una trascrizione minuta, parola per parola, di telefonate (anche dieci al giorno) e conversazioni con lui.

Pare un verbale o un'intercettazione telefonica. A volte e' commedia all'italiana, a volte pure melodramma. La voce infatti e' quella di Claretta, e tutto il materiale viene filtrato, tradotto, spesso fantasticato, dall'immaginario di una donna innamorata. Riesce difficile immaginare il capo del fascismo che sussurra nella notte, a un telefono (bianco? ): «Clara, Clara, amore, sei sola nella mia vita Clara. Dormi con la mia voce e le mie dolci parole»; mentre e' piu' verosimile, ad esempio, una chiamata mattutina dove Mussolini (lei annota: nervosissimo) si informa sbrigativamente: «Hai dormito? Non molto? Io si', sto meglio con il dito e ho dormito. Ti ho forse svegliata? Sono molto spiacente. Io? Bene. Adesso lasciami lavorare».

La Petacci nel '38 aveva 26 anni, era bellissima e gelosissima. Lui aveva passato i cinquanta e com'e' noto non gli mancavano ne' le amanti ne' i figli illegittimi, oltre a una famiglia regolare e a una moglie piuttosto decisa. Lei si era separata dal marito ed era tornata nella casa paterna. Era anche molto chiacchierata, com'e' ovvio. Era in una situazione di debolezza e di precarieta'. Ma era indubbiamente innamorata, anzi cieca di passione. Cosi' scriveva freneticamente, e trasfigurava.

Il Mussolini dei labari, dei gagliardetti e dei pugnali tra i denti qui non esiste. Non esiste nemmeno l'uomo di Stato. C'e' solo un signore superimpegnato che ogni tanto perde le staffe. Per esempio dopo un litigio sul fatto se andare o non andare a teatro. Claretta trascrive le sue parole: «Hai fatto bene a ricordarmi del teatro», le aveva detto, «pero' io rimango sempre dentro al palco e non esco. Tu non devi salire su, capito? Io non mi muovero' da dentro perche' non voglio assolutamente fare lo spettacolo nello spettacolo. Cosi' va bene. Adesso comincio a ricevere, ne ho diversi: Marinetti, ecc. ecc.».

Filippo Tommaso Marinetti, accademico d'Italia. L'uomo che invento' il futurismo. E se ne stava in paziente attesa tra gli eccetera eccetera, ma soprattutto tra una telefonata e l'altra. La dura vita dell'intellettuale.

http://archivio.lastampa.it:80/LaStampaArchivio/main/History/tmpl_viewObj.jsp?objid=9622368